sábado, 29 de janeiro de 2011

Carta de amor de Denis Diderot

Carta de amor de Denis Diderot para Sophie Volland

"Não posso ir embora daqui sem dizer-te algumas palavras. Então, minha querida, tu esperas muito de mim: segundo dizes, tua felicidade, tua própria vida dependem do meu amor eterno!
Não temas, minha querida Sophie; ele perdurará e tu viverás e serás feliz. Até hoje, jamais cometi um crime e não pretendo começar. Sou todo teu _ és tudo para mim; amparar-nos-emos em todas as vicissitudes que o destino decidir nos inflingir; suavizarás minhas dores; eu te confortarei nas tuas. Ah! Quisera sempre poder ver-te tal como tens sido nos últimos tempos! Quanto a mim, precisas admitir que sou exatamente o que era no primeiro dia em que me viste.
Não é mérito meu, mas, para ser justo comigo mesmo, é preciso que te diga isso. Um dos efeitos das boas qualidades é serem percebidas com mais intensidade a cada dia. Fica certa da minha felicidade a tuas qualidades e do valor que lhes atribuo. Nenhuma paixão foi tão amparada pela inteligência quanto a minha. A verdade, minha querida Sophie, é que és adorável! Examina a ti mesma _ vê como mereces ser amada e sabe que te amo muito. Esse é o padrão invariável dos meus sentimentos.
Boa noite, minha querida Sophie. Sou tão feliz quanto um homem pode ser, pois sei que sou amado pela melhor das mulheres".

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